Os jogadores do Inter estão acompanhando as conversas sobre a contratação de um técnico, e eventualmente de novos atletas, pela diretoria colorada. Segundo o zagueiro Bolívar, a chegada de mais jogadores serviria para agregar qualidade ao grupo.
— O grupo está fechado e acostumado a decisões, mas é importante acrescentar com jogadores de qualidade que a direção quer contratar — afirma.
A chegada de um treinador em substituição a Jorge Fossati também atrai a atenção dos jogadores. Para Bolívar, é consenso a vontade de se trabalhar com um profissional vencedor.
— Não apenas a gente, mas a direção também quer um treinador vencedor — garante.
Bolívar acredita que até o retorno das férias, em 17 de junho, eles já terão a companhia de um treinador contratado:
— Acredito que a direção nas nossas mini-férias deve definir o treinador, para que a gente possa retomar depois das férias com toda a força.
Ao mesmo tempo em que Felipão, o nome dos sonhos, perdeu força na cotação dos prováveis técnicos do Inter, um outro da mesma cepa emergiu com força nas últimas 24 horas. Trata-se de Adilson Batista, há três anos no Cruzeiro. Em entrevista a um jornal de grande circulação Adilson disse o seguinte:
— Agora não sei mais (se continuo no cargo). Tenho que falar com o Zezé (Zezé Perrela, presidente do Cruzeiro). Não sei se fico. Não sei o que o presidente quer. Vou conversar com ele — afirmou Adilson por telefone.
Adilson Batista tem contrato com o Cruzeiro até dezembro. Sua relação com a direção do clube é ótima, embora nem tanto com a torcida. O problema é que Maluf, um de seus principais aliados, o homem que tocava o dia a dia no futebol da Toca da Raposa ao seu lado, foi afastado por Perrela. Há 12 anos no cargo, Maluf caiu porque há “necessidade de sangue novo”, segundo Perrela.
— Fui pego de surpresa com a saída do Maluf. Estou sabendo agora — disse Adilson.
A direção do Cruzeiro não cogita da possibilidade de demitir Adilson. Antes de perder para o Ceará, Adilson foi vaiado mesmo após vencer o Botafogo no Mineirão, em razão da atuação sem brilho. A derrota em casa na final da Libertadores de 2009 para o Estudiantes e a recente eliminação para o São Paulo este ano liquidaram com a paciência dos cruzeirenses. Ainda assim, a direção encomendou a todos os vistos de entrada nos Estados Unidos onde farão a intertemporada.
— Não fui procurado pelo Inter. Lembro de ter falado com o Chumbinho (Newton Drummond, diretor executivo) tempo atrás, mas ficou nisso. Fico contente de ser lembrado por um grande clube como o Inter — afirmou Adilson, que tem em Fernando Carvalho um admirador.
— As pessoas não lembram, mas o Adilson jogou no Inter antes do Grêmio. Fez até gol. Ele é um profissional. E a torcida do Cruzeiro reclama muito dele—– analisou um amigo gaúcho que mantém contato frequente com Adilson, lembrando de quando Falcão era o técnico e Adilson foi trazido ao Beira-Rio, no início dos anos 90.
Enquanto isto, a hipótese de ter Felipão ouriçou os jogadores.
— Seria bom demais para todos. Ele fez história do outro lado, poderia fazer do nosso lado também — suspirou Sandro.
A entrevista concedida por Felipão à Rádio Bandeirantes, entretanto, embaçou o sonho por Felipão. O Inter estaria disposto a pagar R$ 700 mil mensais. Mas o técnico garante que não foi procurado. Outros dois treinadores foram consultados: Abel Braga e Nelsinho Baptista. Abel está no Rio e tem contrato até o fim do ano que vem com o Al Jazira, mas a multa rescisória é alta: R$ 3,6 milhões. Nelsinho assinou com o Kashiwa Reyson, do Japão, este ano.
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