O esquema tático do time de Itamar Schulle, repetido durante todo o primeiro turno, um 4-3-3 atacando, que variava para um 4-5-1 defendendo de maneira muito azeitada, aumentava o favoritismo sobre o 4-4-2 aimoresista, com o quadrado no meio campo mais preocupado em defender, que criar para dois atacantes que por pouco não morreram de fome. Tudo bem encaminhado até o início do jogo.
Clima de decisão no gramado e nas arquibancadas, os pouco mais de mil fiéis torcedores que a dupla do vale consegue arregimentar bravamente, diante da concorrência desleal da dupla grenal, já antes da peleja começar trocavam insultos separados pelo gramado do Estádio do Vale. neste clima a partida teve início com domínio anilado, que parecia que conseguiria definir o jogo a qualquer momento. Gilmar Iser, inquieto percebeu a superioridade no meio campo e fez, ainda no primeiro tempo a mudança, saindo o atacante Murilo para a entrada do meia João Paulo, igualando as peças do meio e diminuindo a pressão. O terceiro tempo da decisão terminou com o Índio equilibrando a partida e deixando tudo para os 45 minutos derradeiros.
O Aimoré, diga-se de passagem não sofria pressão, conseguia trocar passes mantendo a posse de bola e encaminhando o titulo dentro da casa anilada. A bola estava pelo lado direito defensivo dos capilés quando foi atrasada para o goleiro Axel. Ele que foi alvo dos debates entre as duas partidas por ser considerado jovem demais para a decisão, mas que até ali tinha atuação segura em substituição a Rafael, herói das classificações anteriores contra Grêmio e São José. O goleiro foi rebater a bola e acabou acertando um jogador anilado (Léo ou Lucas Santos) que desesperadamente buscavam o empate. Caprichosamente a redonda tomou o caminho da felicidade anilada e com mais um toque de cabeça do menino Lucas Santos ingressou na meta do Aimoré. Imediatamente o auxiliar número um Leirson Peng levantou seu instrumento anulando o gol. Na sua interpretação ( estava atrás dele e vi ele explicando isso à Márcio Chagas da Silva) a bola bateu em Léo ( a essa altura convertido a centroavante) e sobrou para Lucas Santos marcar, caracterizando a situação irregular.
Confusão armada, jogo parado por cerca de 10 minutos de muita discussão. O árbitro principal, depois de muitas tentativas, conseguiu, com auxílio e proteção da Brigada Militar conversar a sós, por cerca de 3 minutos com seus auxiliares. Clima de completa tensão e expectativa no estádio pela decisão do apitante, que após ouvir atentamente relatos de Leirson Peng (auxiliar) e Fabiano Oliveira (quarto ábitro) e confirmou o gol anilado. A confusão manchou a boa partida que transcorria até o momento e que acabou desta maneira polêmica.
MINHA OPINIÃO: Na hora tive a impressão de lance ilegal, por impedimento, e foi a impressão da maioria a beira do gramado. O auxiliar assinalou imediatamente, mostrando convicção na sua interpretação do lance. Hoje depois de ver o lance pelo menos 5 vezes (possibilidade que o trio não tem) mantenho minha opinião, o zagueiro Léo participa de maneira efetiva do lance, depois que a bola bate em Lucas Santos ele salta junto com o goleiro para alcançar a bola, não consegue, mas participa caracteriza o impedimento uma vez que estava adiantado no primeiro lance. A imagem disponibilizada pelo Aimoré não é nítida, mas baseada nela mantenho minha opinião, aguardo ainda a imagem da assessoria de imprensa do Novo Hamburgo para ser for o caso mudar minha opinião.