terça-feira, 24 de setembro de 2013

Deu Nóia mas....

Era previsto que o título da Copa Metropolitana ficasse com o time que chegou a final com a melhor campanha com relação ao oponente. O anilado como já mencionei tem melhor estrutura, um grupo de jogadores que proporciona um leque variado de opções ao seu comandante e jogava em casa com grande vantagem, já que empatara em 3x3 na casa capilé.
O esquema tático do time de Itamar Schulle, repetido durante todo o primeiro turno, um 4-3-3 atacando, que variava para um 4-5-1 defendendo de maneira muito azeitada, aumentava o favoritismo sobre o 4-4-2 aimoresista, com o quadrado no meio campo mais preocupado em defender, que criar para dois atacantes que por pouco não morreram de fome. Tudo bem encaminhado até o início do jogo.
Clima de decisão no gramado e nas arquibancadas, os pouco mais de mil fiéis torcedores que a dupla do vale consegue arregimentar bravamente, diante da concorrência desleal da dupla grenal, já antes da peleja começar trocavam insultos separados pelo gramado do Estádio do Vale. neste clima a partida teve início com domínio anilado, que parecia que conseguiria definir o jogo a qualquer momento. Gilmar Iser, inquieto percebeu a superioridade no meio campo e fez, ainda no primeiro tempo a mudança, saindo o atacante Murilo para a entrada do meia João Paulo, igualando as peças do meio e diminuindo a pressão. O terceiro tempo da decisão terminou com o Índio equilibrando a partida e deixando tudo para os 45 minutos derradeiros.

Chegou o momento de se diz na gíria, separar os homens dos piás, no intervalo, duas declarações de jogadores anilados me chamaram a atenção, objetivo de jogo: "Ter posse de bola!" a estratégia não estava errada, mas antes seria necessário marcar um gol para deixar o adversário desesperado. Com o passar dos minutos os técnicos foram lançando mão das armas, via substituições. Gilmar Iser colocando atacantes em busca de pressionar e obter o gol que daria o título. Itamar Schulle buscando permanecer com a bola o mais longe possível do seu gol, mantendo o poder ofensivo. Tudo parecia correr normalmente, jogo pegado e nervoso, até que aos 35 minutos Gilmar lançou mão da sua última peça ofensiva, retirou um volante Faísca e colocou o atacante Lukinhas. No primeiro lance ofensivo, depois de um bate-rebate na área anilada, Lukinhas marcou para o índio leopoldense. Terror no Camp Nóia, ninguém esperava por isso, começou a se falara em "maldição colorada" e outras coisas escabrosas para justificar a derrota. Itamar tentava adiantar sua equipe, mas os anilados não conseguiam sequer pressionar o clube da taba. O minutos passando lentamente para uns e voando para outros, muita tensão no ar. Até que aos 47 minutos, decorridos 2 dos 4 minutos acrescidos pela arbitragem aconteceu o lance fatídico.


O Aimoré, diga-se de passagem não sofria pressão, conseguia trocar passes mantendo a posse de bola e encaminhando o titulo dentro da casa anilada. A bola estava pelo lado direito defensivo dos capilés quando foi atrasada para o goleiro Axel. Ele que foi alvo dos debates entre as duas partidas por ser considerado jovem demais para a decisão, mas que até ali tinha atuação segura em substituição a Rafael, herói das classificações anteriores contra Grêmio e São José. O goleiro foi rebater a bola e acabou acertando um jogador anilado (Léo ou Lucas Santos) que desesperadamente buscavam o empate. Caprichosamente a redonda tomou o caminho da felicidade anilada e com mais um toque de cabeça do menino Lucas Santos ingressou na meta do Aimoré. Imediatamente o auxiliar número um Leirson Peng levantou seu instrumento anulando o gol. Na sua interpretação ( estava atrás dele e vi ele explicando isso à Márcio Chagas da Silva) a bola bateu em Léo ( a essa altura convertido a centroavante) e sobrou para Lucas Santos marcar, caracterizando a situação irregular.
Confusão armada, jogo parado por cerca de 10 minutos de muita discussão. O árbitro principal, depois de muitas tentativas, conseguiu, com auxílio e proteção da Brigada Militar conversar a sós, por cerca de 3 minutos com seus auxiliares. Clima de completa tensão e expectativa no estádio pela decisão do apitante, que após ouvir atentamente relatos de Leirson Peng (auxiliar) e  Fabiano Oliveira (quarto ábitro) e confirmou o gol anilado. A confusão manchou a boa partida que transcorria até o momento e que acabou desta maneira polêmica.

MINHA OPINIÃO: Na hora tive a impressão de lance ilegal, por impedimento, e foi a impressão da maioria a beira do gramado. O auxiliar assinalou imediatamente, mostrando convicção na sua interpretação do lance. Hoje depois de ver o lance pelo menos 5 vezes (possibilidade que o trio não tem) mantenho minha opinião, o zagueiro Léo participa de maneira efetiva do lance, depois que a bola bate em Lucas Santos ele salta junto com o goleiro para alcançar a bola, não consegue, mas participa caracteriza o impedimento uma vez que estava adiantado no primeiro lance. A imagem disponibilizada pelo Aimoré não é nítida, mas baseada nela mantenho minha opinião, aguardo ainda a imagem da assessoria de imprensa do Novo Hamburgo para ser for o caso mudar minha opinião.

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