quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Andando na corda bamba em direção ao Olimpo

Seguindo a análise do Gauchão 2014, chegamos ao segundo nível entre os clubes que disputam o estadual. Desnecessário dizer que qualquer deslize pode derrubar o clube para o grupo que analisei ontem, os que lutam para não cair. São clubes que, por manter uma base, terem fator local forte, e um pouco mais de organização, terão um pouco mais de tranquilidade no decorrer da competição.

Aimoré - O Índio Capilé organizou-se muito bem para a peleia. Esperou até o último instante para ter no comando da comissão técnica Benhur Pereira que em 2013 salvou o Cruzeiro da queda. Apesar de ter apenas metade da verba de TV, grande parte utilizada na reestruturação do clube e principalmente do estádio, conseguiu montar uma equipe boa. Pode entrar na luta contra o rebaixamento se os desfalques se tornarem uma constante pois os suplentes estão bem abaixo do nível técnico do time titular.

Brasil-PE - Depois de 5 anos do trágico acidente que resultou no rebaixamento, o Xavante está de volta. Com a força do Bento Freitas e a empolgação da torcida o Brasil deve fazer um bom campeonato. Tem um técnico competente e com a boa fase do Pelotas a cobrança aumento, fazendo com que o rubro-negro precise fazer um bom estadual. Manteve a base do time que fez excelente campanha na Divisão de Acesso e reforçou corretamente o grupo.

Novo Hamburgo - O Anilado, depois de tomar um susto em 2013, retomou a fórmula consagrada em 2012. Sob o comando de Itamar Schulle fez boa campanha no segundo semestre de 2013 e montou a base. Reforços pontuais vieram, principalmente na peça ofensiva, setor carente nas últimas competições. Internamente o clube passa por reformulação, e uma reengenharia financeira foi necessária, se acontecer aquela famosa "liga", ou seja o time entrosar e embalar, será candidato a vaga na Série D. Porém se não acontecer esse entrosamento, pode estar ameaçado.

Pelotas - O áureo-cerúleo vive uma fase espetacular. Conquistou três títulos recentemente e com essa base, o técnico Paulo Porto, que tem um ótimo retrospecto recente no Gauchão, garantido na Série D do Brasileiro, vai em busca de fazer história. A tranquilidade da garantia de calendário nacional, fez com que as contratações pudessem ser feitas pensando também no segundo semestre e isso faz a diferença. Como dificilmente será candidato ao título, ficou meio sem ter o que fazer no Gauchão e isso pode ser perigoso.

São José - O Zequinha vem para mais um Gauchão com a facilidade de ser o clube do presidente da FGF. Sempre contando com jogadores que vem abrir mercado no estado e com outros que pela amizade com Novelletto facilitam nas negociações, montou mais uma equipe forte. Tem no gramado sintético do estádio Passo D´Areia um grande aliado. Só corre algum risco se acontecer uma desmobilização como a que aconteceu ao final do Gauchão de 2013, quando se houvesse mais duas rodadas teria sido rebaixado.

São Luiz - O time de Ijuí fez um Gauchão 2013 histórico, quando chegou a final do primeiro turno, jogando em casa contra o Inter. O gerente de futebol Sandro Pagliarini repetiu a fórmula do sucesso e passou o segundo semestre observando jogadores no interior paulista,  fazendo uma mescla interessante com jogadores acostumados ao Gauchão. O grupo não deve repetir o sucesso de 2013, mas tem tudo para fazer um bom campeonato, o maior problema é sempre a grande distância enfrentada cada vez que o time sai para jogar fora.

Veranópolis - Completando 20 anos de fundação o VEC parece que aprendeu com susto de 2013. Recontratatou Julinho Camargo, técnico que salvou o clube da queda ano passado. O grupo de jogadores foi montado criteriosamente, mantendo a base que defendeu o clube em outros anos, destaque para o meia-capitão Eduardinho, patrimônio do clube.

O Campeonato Gaúcho anualmente apresenta supresas, tanto positivas, quanto negativas e em 2014, com fórmula nova não será diferente.

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