sexta-feira, 2 de maio de 2014

Anilado no caminho de fazer história, mas cuidado com as armadilhas

O Novo Hamburgo venceu o J.Malucelli na partida de ida da segunda fase da Copa do Brasil e agora joga por um empate no Paraná para confirmar a classificação. Atuando com um excelente público, se comparado com a média histórica do Estádio do Vale, o anilado em um jogo equilibrado conseguiu a vantagem mínima pelos pés de Juba, após excelente jogada do meia Zé Rafael. A equipe mostrou mais uma vez que quando Itamar Schulle tem tempo para preparar um grupo, o time mostra dentro das quatro linhas que recebeu orientações sobre os defeitos e qualidades táticas e pessoais do adversário. Assim o Novo Hamburgo anulou as jogadas do J.Malucelli pelo flanco esquerdo e dentro das suas possibilidades criou as chances de marcar.
Com as duas expulsões, os paranaenses terão mais dificuldades na partida de volta, crescendo assim a chance do Novo Hamburgo avançar na competição. Ai começa o perigo, as armadilhas que um clube do interior pode cair com a necessidade de atuar o ano todo com uma equipe competitiva. A montagem e principalmente a manutenção dessa estrutura é cara. Os clubes que jogam o ano todo, precisam em época de gauchão, competir com os chamados clubes safristas, que utilizam toda a verba vinda dos direitos de transmissão para buscar os melhores atletas, pagando mais por contratos mais curtos e consequentemente inflacionando o mercado no primeiro semestre.


Aliado a este cenário, temos por vir o temido Gauchão de 2015, em o qual já foi anunciado pela FGF, através de seu mandatário, que o número de clubes rebaixados a divisão de acesso será maior. Não faltam exemplos de clubes que tentaram manter durante todo o ano uma equipe competitiva, com jogadores em nível de Gauchão no segundo semestre e acabaram inviabilizando o ano subsequente. Rapidamente lembro do Inter-SM que até hoje não conseguiu voltar à elite, o Esportivo que demorou a se reestruturar, o Lajeadense que este ano foi obrigado a montar um time mais modesto e o Pelotas que em 2013 conquistou títulos no segundo semestre e que não teve verba para pagá-los este ano, sendo rebaixado e tendo uma Série D de Campeonato Brasileiro por disputar.
Cabe aos dirigentes anilados, fazer uma séria reflexão sobre a forma como irão tratar a sequência do calendário e tentar encontrar uma forma de manter uma equipe que possa seguir na Copa do Brasil, projetando o clube no cenário brasileiro e sabendo lucrar com essa exposição. Mas sempre com a preocupação em 2015, pois ano que vem as equipes terão um verdadeiro teste de ferro logo no início da temporada. A primeira ação é a mais importante, renovar com a comissão técnica, principal engrenagem da história recente de vitórias do clube, há de se propor um projeto ainda mais audacioso, que estimule Itamar e acreditar em uma projeção do clube e consequentemente dos profissionais que o estão conduzindo, caso contrário, melhor pensar já em 2015.

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