Grêmio só não perde a aga na Libertadores por que não dá tempo

Jogar no Mineirão cheio e perder para o Cruzeiro não tem nada de anormal. O Grêmio foi a Belo Horizonte e no esquema kamikase que vinha atuando voltou com menos três gols de saldo. Renato precisa rever seus conceitos para não correr riscos de ficar fora da Libertadores. O desempenho tricolor vem caindo, que não faz gols, que os atacantes estão em má fase todos já sabem. Mas algo precisa ser feito ou o pequeno risco de perder a vaga pode crescer. Se até aqui o esquema defensivo que jogava por uma bola funcionou, agora não vence mais. Os atacantes perderam a rotina de encontrar maneiras de concluir e viraram jogadores que muito marcam e pouco produzem ofensivamente. Caso tivesse a possibilidade de escalar, deixaria o capitão Barcos no banco em um jogo fora de caso, ou talvez até fora do grupo. Colocaria um meia mais vertical, Maxi Rodriguez é o que tem essa característica mais latente. Zé Roberto e Jean Deretti são jogadores de condução de bola e poderiam ser importantes em contra-ataques.

Questões financeiras, Arena e agora o time, 2013 está sendo difícil para Koff

O fato é que o esquema, principal desculpa para a manutenção da equipe sem a figura do meia, não funciona mais e não há alternativa. Ou se encontra outra possibilidade tática, ou depois de muitas rodadas no grupo de classificados a Libertadores, o Grêmio pode sair de lá quando mais interessava entrar, nas últimas rodadas. Outro jogador que precisa participar mais, no entanto não ganha chances é Elano. Se há interesse na permanência, ele precisa ser mais aproveitado, agrega qualidade técnica e tem uma bola parada que nenhum outro jogador consegue sequer igualar. A tendência é a manutenção dos resultados oscilantes e com isso, Goiás e Vitória ameaçam a posição gremista no G4, o Botafogo também está em queda e o Atlético-PR vai dividir atenções com a decisão da Copa do Brasil. O Grêmio só não deve sair do G4 pela falta de rodadas, por que futebol para permanecer não tem mais, se é que teve.