O tópico é recorrente, mas o assunto está tão latente e principalmente claro aos olhos de todos que tive que escrever sobre ele. A direção de futebol do Inter é muito desorganizada!
O presidente Giovanni Luigi sempre teve o perfil mais técnico, temos que ressaltar a forma como chegou a presidência do clube. Sempre apoiou o grupo político mais vencedor da história do colorado, comandado por Fernando Carvalho, tinha as pessoas certas nos cargos certos. Entre estes, Vitório Píffero, Pedro Afatato e Giovanni Luigi. Após dois mandatos extremamente bem sucedidos, ficou definida a ordem de sequência de comando do movimento: Todos apoiariam dois mandatos de Pífero, Luigi e por último Afatato.
Pífero foi o sucessor de Carvalho e manteve a linha de trabalho, com alguns percalços, por não poder contar com a presença constante de Carvalho, o maior dirigente da história colorada. O dilema surgiu ao final do segundo mandato de Pífero, quando Afatato resolveu fazer uma mobilização política para antecipar Luigi na ordem "hierárquica" da corrente política.
Com braço forte de sempre Fernando Carvalho apoiou Luigi e manteve o plano inicial. Porém Afatato, naturalmente afastou-se do grupo, e com ele alguns importantes conselheiros. Luigi já enfraquecido no primeiro mandato, viu os resultados da divisão política chegarem ao gramado e teve de apoiar-se em ídolos recentes (Fernandão) para tentar manter um mínimo de aceitação junto ao torcedor. A estratégia não deu certo, principalmente por que o Sport Club Internacional é um clube de futebol, e como tal, os reflexos do rendimentos do time são percebidos imediatamente junto a imagem da direção.
Com o final de 2012, ano praticamente perdido, em matéria de futebol, e com a eleição a presidência se avizinhando, Luigi, percebendo a derrota iminente nas urnas junto ao associado, vendeu a alma a grupos políticos menores. Para ser o presidente do clube na reinauguração do Beira-Rio, e no ano em que o estádio servirá de palco para a Copa do Mundo, prometeu cargos importantes em troca de apoio e conseguiu a reeleição sem a consulta dos associados.
Novamente entra em cena a tática de escudar-se em um ídolo do clube, e com a reeleição confirmada, antes mesmo de definir quem seriam seus pares no comando do futebol, Luigi contratou Dunga para ser o treinador do clube em um dos anos mais difíceis do futebol, jogar as competições sem o gigante da Beira Rio. As críticas amainaram e Giovani teve tempo para definir quem seria o substituto de Luciano Davi, vice de futebol que acabou 2012 execrado pelo torcedor.
Para agradar grupos políticos veio uma definição inédita: O clube teria dois diretores de futebol: Marcelo Medeiros (que oficialmente seria o vice presidente de futebol) e Luis César Souto de Moura. Dunga como foi contratado diretamente pelo presidente sempre teve linha direta com Luigi e percebendo a inexperiência de ambos, fechou-se no vestiário com seus atletas. Como o técnico isolou o vestiário, restaram aos diretores questões administrativas, como local para jogos e outros detalhes.
Estamos quase no final de 2013 e o Inter não tem definida a sua casa para os jogos do Campeonato Brasileiro, a direção foi complacente e permitiu que se colocasse no Estádio do Vale a culpa pelo mau desempenho do time, que alijou o clube da possibilidade de estrear o Beira Rio na Libertadores de 2014 via Campeonato Brasileiro. E sempre que há alguma questão relativa ao futebol, até que aconteça um acerto entre os diretores surgem informações desencontradas. Um pequeno exemplo ouvi ontem ao final da tarde, enquanto em uma emissora de rádio um não dava prazo para apresentação do novo técnico e para a permanência de Clemer no comando da equipe, no mesmo horário em outra emissora outro dizia que já haviam acertado com Clemer e que ele dirigiria a equipe por mais dois jogos. Depois a segunda versão se tornou oficial, mas isso é apenas um pequeno exemplo de como o clube está dividido e sem comando e permanecendo assim, 2014 será exatamente igual a atual temporada.
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