quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Balanço do 15 é positivo

Ontem testemunhei a última partida na temporada de 2013 do 15 de Novembro. A derrota por 4x0 para o Novo Hamburgo encerrou a maratona de jogos e alijou o tricolor campo-bonense da disputa da Copa Metropolitana. O ano marcou o retorno do clube às atividades profissionais e isso precisa ser comemorado e valorizado. Paulo Fagundes e Jailton Almeida, o Titi, tiveram a coragem de transformar um bom time juvenil, reforçado por jovens jogadores e por raros experientes em um time que enfrentou bravamente duas competições e depois de adquirir entrosamento e ritmo de jogo, até tiveram um desempenho satisfatório.
A vaga na Série A3 (terceira divisão) foi obtida de última hora, sem tempo para preparação de grupo de jogadores e comissão técnica. A participação na Copa Metropolitana foi praticamente imposta pela FGF, já que a vaga na A3 foi "um favor", o clube participaria de uma segunda competição que inicialmente seria a Copa Willy Sanvitto, mas acabou sendo a Copa Metropolitana, mesmo sem a anuência do clube.
Este foi o primeiro erro da direção do clube, disputar duas competições com força máxima. Se foi imposto a participação na Copa Metropolitana, que jogassem com equipe reserva. Mas até pela inexperiência do técnico Patrício Boques, que iniciava carreira de técnico e precisava, além de mostrar serviço, dar entrosamento ao time, jogou-se duas competições.
Patrício foi a primeira vítima, sem time e sem estrutura, logicamente que os resultados não vieram e ele acabou pedindo para sair, em acordo com a direção. Alex Melo, auxiliar até então e técnico da equipe vice campeã do estadual juvenil-B de 2012 assumiu a frente no trabalho. Aos poucos, com alguns reforços e tempo para trabalhar o entrosamento apareceu. Daniel Franco assumiu, voltando Alex para auxiliar e mesmo com pouco tempo de trabalho os resultados surgiram. Porém com duas competições, a sequência de jogos, lesões e suspensões acabaram desmontando o grupo do 15. Se Daniel conseguisse escalar a mesma equipe em uma sequência de jogos, os resultados seguiriam positivos, mas não conseguiu justamente na fase decisiva das competições.
Outro fator a se levar em consideração foi a identificação clube-torcedor, coisa que praticamente inexistia até então pelo perfil elitista que o 15 tinha até então. Com a utilização de jogadores da cidade, a identificação foi instantânea e o Sady Schmidt teve boa média de clube, surgindo até uma organizada que, como mostra a foto abaixo valorizou a história de quem sempre foi apaixonado pelo clube.


Para 2014 o clube terá uma pequena vantagem que se bem explorada poderá ser um diferencial na Série A3. O regulamento diz que somente três atletas acima de 23 anos poderão jogar a competição por cada equipe, ou seja a base será de jovens. O 15 de Novembro tem essa base formada e precisa aproveitá-la. Daniel Franco fez excelente trabalho na base colorada e é acostumado a trabalhar com jovens, mais um ponto favorável e o clube terá tempo para preparar grupo e estrutura, coisa que não teve este ano. Ontem terminou a temporada 2013, hoje deve começar 2014. Se fala nos bastidores, em uma possível participação na Supercopa da FGF, já que o Inter não tem interesse na disputa, entendo desnecessário. O clube não tem qualidade em seu elenco para vencer a competição, então que se prepare 2014.
O principal a ser melhorado é a estrutura. Clube de futebol precisa oferecer um mínimo a seus atletas. Este ano pela velocidade em que o retorno aconteceu, e pelos parcos recursos para administrar o futebol, até se entende. Mas para 2014 a direção terá tempo para junto com parceiros montar uma estrutura mais próxima da que fazia do clube um dos principais do interior no início da década. Se junto com a estrutura, vierem alguns jogadores mais renomados e também funcionários para dar suporte seria muito bom, mas sem a estrutura o clube não vai a lugar nenhum.

Nenhum comentário:

Postar um comentário